No próximo dia 19 de novembro de 2010, às 21 horas, a Orquestra Filarmônica de Brasília volta ao palco da Sala Villa-Lobos do Teatro Nacional Cláudio Santoro homenageando a Semana da Consciência Negra. Esse é mais um espetáculo inovador pelo projeto Popularizando a Sinfonia, sob o patrocínio do FAC – Fundo de Apoio à Cultura.
Com o objetivo de lembrar a luta de Zumbi dos Palmares e de todo o Povo Negro contra a escravidão e contra todas as formas de opressão e discriminação, o Dia da Consciência Negra, 20 de novembro, é uma das mais importantes datas comemorativas nacionais.
A proposta é apresentar um grande conjunto sinfônico com mais de 70 artistas no palco, proporcionando mais de uma hora de espetáculo dançante, alegre e inovador, mesclando as diversas áreas da arte à cultura clássica universal, isso tudo claro, com um gostinho bem brasileiro!
Nada melhor para homenagear a cultura negra como ter no palco, juntamente com a Filarmônica, o pai do reggae de Brasília, Renato Matos, primeiro a cantar no Concerto Cabeças, movimento cultural que foi marco em Brasília nas décadas de 70 e 80, cantor, instrumentista e compositor, que já se apresentou pelo mundo afora, levando a sua música e o folclore brasileiro e representando Brasília e o Brasil em diversas partes do mundo. Sua música é fruto da mistura de ritmos com poesia e poesia futurista deste terceiro milênio, é uma das vozes mais importantes, constante, polêmica, gritante e viva de Brasília, que somados aos brilhantes arranjos sinfônicos bem elaborados especialmente para esta apresentação, brindará o público com muita beleza e leveza de timbres.
Dividindo o palco com a Orquestra, Ellen Oléria, atualmente é apontada como um dos maiores expoentes do cenário musical brasiliense, a cantora e compositora demonstra flexibilidade como intérprete e maturidade nas suas composições com letras e melodias envolventes. Não há quem não se contagie com a sua voz marcante brincando com o ar e atravessando o invisível. Ellen é uma das grandes revelações da música brasileira, considerada pela crítica uma artista completa.
A Orquestra está inovando convidando para esta grande celebração o Grupo de Capoeira Beribazu, que tem um histórico na cidade desde o início dos anos 70, incentivando e valorizando a cultura folclórica, hoje reconhecida internacionalmente e registrada como Patrimônio Imaterial do nosso país. O grupo tem uma nova proposta de ensino e fundamenta-se na idéia de que a capoeira não pode estar dissociada de suas raízes africanas. Suas cantigas e tradições trazem na memória a conquista de liberdade em tempos difíceis, conquistada com sacrifício de muitos nas músicas e nos movimentos corporais, geralmente representadas por um dos seus principais instrumentos monocórdios e utilizando-se de materiais naturais, como o berimbau, afoxé, agogô, chocalho, maracas.
Para a regência do concerto foi convidado o baiano maestro Angelo Rafael, bacharel em composição e regência pela UFBA, fundador e Diretor Artístico e Maestro Titular da Orquestra de Câmara de Salvador, do Coro do Teatro Castro Alves e do Coro Regional do Trabalho. Angelo vem desenvolvendo na Bahia um trabalho de pesquisa e interpretação em música orquestral brasileira. Iniciou estudos de piano e teoria musical aos sete anos de idade, participou de diversos corais, seminários e cursos em várias cidades brasileiras nas áreas de regência coral, orquestral, técnica vocal, música de câmara, piano, violoncelo e análise musical. Estudou regência com Lindembergue Cardoso e teve orientação dos maestros Dante Anzolini (ARG), Kurt Masur (ALE), Louis Lane (USA), Roberto Duarte (BRA) Ronald Zollman (BEL) entre outros.
Orquestra Filarmônica de Brasília
A Orquestra Filarmônica de Brasília foi fundada em 1985, destacando-se no cenário musical brasiliense com repertório erudito arranjos refinados de composições folclóricas e populares. O intuito é mostrar as várias possibilidades das nuances e timbres dos instrumentos que compõem um grande conjunto sinfônico, sempre buscando, pesquisando e mostrando propostas inovadoras em suas apresentações e projetos. Um dos grandes marcos da orquestra foi realizar em 1995 a festa cultural em comemoração aos 30 anos de aniversário de Brasília, com a participação de Edson Cordeiro e artistas da cidade, com um público de mais de 30 mil pessoas na Esplanada dos Ministérios. Em 1997, destaca-se a apresentação em homenagem ao Dia Mundial da Paz, no Anfiteatro Ponta Negra às margens do Rio Negro, Manaus. Em 2001, participou do FESTINBONITO – Festival de Inverno de Bonito, MS. A OFB, apresentou-se com grandes músicos como Francis Hime, Elomar, Xangai, Rosa Passo, Aquille Pichi, Nei Salgado, Dois de Ouro, Renato Matos, Ney Rosauro, Guilherme Arantes, Hamilton de Holanda, Roberto Duarte, Thomas Toscano, Susan Clark, Bibi Ferreira, dentre tantos outros.
Tem apresentado projeto especiais para crianças, desenvolvendo concertos didáticos que incentivam o aprendizado musical e auxiliam na formação de platéias. Realiza o projeto social Viva Arte Viva que oferece gratuitamente oficinas de música, teatro e dança à comunidade do Distrito Federal, mais de 200 pessoas participam do projeto.
No programa obras de Lorenzo Fernandez, Dorival Caymmi, Renato Matos, Ellen Oléria e com arranjos de Kátia Andrade, Michele Fiuza e Ciro Pereira.
Serviço:
Orquestra Filarmônica de Brasília - 25 anos
Homenagem a Semana da Consciência Negra
Sala Villa-Lobos do Teatro Nacional Cláudio Santoro
Projeto Popularizando a Sinfonia
Dia 19 de novembro de 2010, às 21 horas
Ensaio aberto às 15 horas para estudantes da rede pública
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