quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

FRENTE PARLAMENTAR EM DEFESA DA CAPOEIRA


sessão na Câmara dos Deputados

É uma grande oportunidade da capoeira estar no legislativo. Na "casa do povo". Foi instalada a Frente Parlamentar em Defesa da Capoeira. Os Deputados: Márcio Marinho - Presidente, Acelino Popó - Vice-presidente, Jonatan de Jesus - Tesoureiro, Arnaldo Farias de Sá - Secretário, Luiz Alberto - 1º Secretário, Cleber Verde - Secretário e Evandro Garla. Tiveram agregando as fileiras diversos deputados como Érica Kokay e Jorge Pinheiro.

Alguns Mestres de capoeira também falaram a plenária:
Mestre Squisito falou sobre a ação e também sobre a Lei Orgânica da Capoeira. Mestre Paulão falou sobre a Frente Parlamentar e a capoeira e sobre o Conselho Regional de Educação Física. Contramestre Minhoca (Luiz Cláudio), discípulo de Mestre Cobra, explanou sobre a vivência do capoeira na parte cultural e social na periferia. Eu Alex Carcará, mostrei a plenária sobre estatísticas da capoeira, falando que a cerca de mais de 152 paises com a capoeira, temos 6 milhões de praticantes no Brasil e 300 mil fora do brasil. Temos as instituições oficiais de capoeira como Federação Internacional de Capoeira, Confederação Brasileira de Capoeira, Fundação ABADA, Liga volta ao Mundo, ABPC, Liga Muzenza e etc. E Como Conselheiro do Conselho Regional de Educação Física também mostrei ao Deputado Acelino Popó que umas das ações do CONFEF é a de resgatar os capoeiristas que já eram professor que já atuava na área antes da promulgação da Lei 9.696/1998 e que pela constituição federal já te o perfil de professor que é o direito adquirido e o sistema CREF/CONFEF já tem o professor provisionado e está na Lei da Educação Física. Falei que temos Lei novas para a capoeira que é a capoeira como Patrimônio Imaterial do povo Brasileiro e o Estatuto da Igualdade Racial. A professora Keyla falou sobre capoeira, sobre a religiosidade e sobre o CREF. A Capoeirista Mutante teve como fala entre outras mostrar a comunidade da capoeira assim destaco:
Estamos buscando a criação de uma Lei Orgânica com o objetivo de organizar a nossa arte/cultura, focando apenas a bandeira da CAPOEIRA, sem intervir em questões como unificação da capoeira, no tocante a graduações, nem nada disso. A discussão gira em torno de buscar uma política pública para Capoeira. Um dos objetivos é buscar o direito do Mestre de Capoeira a ter sua previdência social, sua aposentadoria.

Venho até os senhores pedir que estudem mais a nossa capoeira, se preocupem mais, dê importância ao que você pratica. Caso não tenha entendido o que é uma frente parlamentar, do que realmente estamos buscando, mesmo que não goste de política, procure sanar suas dúvidas, pesquise, converse que não seja por você, mas pela Capoeira – ela precisa de você!!!

Você Capoeirista de Brasília e do Entorno, possui uma acessibilidade muito maior de ir ás sessões na Câmara dos Deputados. Hoje na sessão havia poucos capoeiristas em relação ao número de capoeiristas que se encontra em qualquer roda. A situação é séria, o benefício é para A CAPOEIRA, para todos nós. A Capoeira pede ajuda de vocês. Os legisladores estão dispostos a trabalhar em prol da capoeira, mas se nós Capoeiristas não nos mobilizarmos, nada será construído.

Estavam entre outros: Mestres Luiz Renato, Igor, Paulão, Alex Carcará, Bira Berimbau, Washington, Baleado, Chocolate, Mafú e ainda Geléia, Popeye, Quixaba, Minhoca, Keyla, Mutante, Faraó e etc.

2 comentários:

MuTante - Brasília DF disse...

Mestre, eu nem sabia da existência de seu blog.
Irei acompanhar com afinco suas informações. Coloquei até como link em meu blog, para que outras pessoas tenham a mesma oportunidade de se informar. Vi que o senhor transcreveu o meu texto, obrigada. Estamos juntos!
MuTanTe
http://mutantelagoaazulcapoeira.blogspot.com/

Anônimo disse...

Quanto à sessão para reinstalação da Frente parlamentar, passado esse tempo que dá para decantar alguma coisa, posso dizer:

Vi o Deputado Evandro Garlas muito compenetrado e tentando captar conceitos que lhe guiem na empreitada de "defender a capoeira".
Defender a capoeira, para mim está claro, é buscar inseri-la na sociedade de forma a tornar seus membros (mestres) previdenciariamente protegidos, ou seja, reconhecê-la oficial e institucionalmente como uma profissão útil à sociedade de que é parte.
Isso parece o óbvio, mas não é.O sentimento de que isso é socialmente justo existe, mas como sistematizar isso em um projeto de lei, de tal forma que não provoque distorções conceituais que venham, inclusive, a deturpá-la no futuro?
É para isso que as discussões vão rolar.
Sim, os mestres merecem a aposentadoria, todos vão dizer, mas vão querer saber (setores da sociedade, pode crer) como se chega a mestre, como recolher a contribuição e, principalmente, o que é, mesmo, a capoeira, com todos os seus desdobramentos e detalhes.
Nesse ponto, a intervenção da Keila (por procurar um enquadramento da capoeira em nosso arcabouço institucional) foi a mais objetiva, embora a sua, a do Mestre Esquisisto, daquele colega do grupo cobra e do Antônio de Oxalá também foram, a meu ver, relevantes, além das posições de simpatia, clareza e pé no chão do Popó e do Deputado Marinho. Eles estão perfeitamente conscientes -- e repetiram isso por diversas vezes, lembra? - da importãncia da capoeira como instrumento de inserção social e preservação das nossas raízes culturais.
Esse, para mim, é o ponto de partida: instrumento de inserção social das camadas menos favorecidas e preservação de raízes de nossa identidade cultural.
Repetir as informações você passou, na minha visão, é o segundo passo. Político gosta de números grandes. Você se lembra do Deputado Marinho dizer por diversas vezes das dificuldades de se "rodar" um projeto de lei no Congresso Nacional? Então, números (e os temos grandes) neles!
Creio que para melhor eficácia desse segundo passo será necessário o estabelecimento de um grupo, dentro do Fórum Permanente, de comunicação social, que passe para a mídia, sistematicamente, informações relevantes.
Um terceiro passo seria a discussão dos verbetes principais, isto é, conceituar sem ambiguidades e omissões aquilo que se liga à capoeira.
Por fim, permeando tudo isso, é claro que vem a mobilização. Para isso, parodiando o Professor Almond, é preciso criar símbolos (além de palavras e comunicação, é lógico). São os símbolos que promovem o entusiasmo, segundo os pensadores das atividades de governo.
Que tal retomar, no bojo de todas essas ações, a construção da sede na Federação Internacional em Brasília (ou no Brasil)? Acho que Brasília, aproveitando o momento, é mais natural e mais proveitoso...
É isso e, mais uma vez, não deixe de observar a foto 12.

Axé,

Faraó. (Anabi da Escola do Mundo/Carcará capoeira) anabibr@sc.usp.br