quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Honraria: MANOEL JOSÉ GOMES TUBINO


 “Honraria: MANOEL JOSÉ GOMES TUBINO", homenagem aos profissionais de educação física que se destacaram em 2016, conforme indicações dos membros da Comissão do Esporte e da Frente Parlamentar Mista da Atividade Física para o Desenvolvimento Humano, em atendimento ao Requerimento nº 129/16, de autoria do Deputado Evandro Roman, subscrito pelo Deputado João Derly.

Eu Alex Rocha - Mestre Carcará - fui um dos agraciados.

Obrigado meu Deus e minha família.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

A IMPORTÂNCIA DO AQUECIMENTO E ALONGAMENTO NA CAPOEIRA.





Alex Charles Rocha
CREF7-DF – G 00013
Mestre Alex Carcará

Aquecimento desportivo
Aquecimento é uma técnica normalmente praticada antes de atividades desportivas ou de exercícios físicos. Consiste em aumentar gradualmente a intensidade da atividade física, incrementando também a temperatura corporal. No caso a nossa Capoeira.
A importância do aquecimento
O aquecimento é a base da atividade física. Ele evita e previne lesões graves, atuando também contra as dores no corpo. Como sabemos, após  ou no dia seguinte do treina ou aula de capoeira sentimos a ação do corpo.
O assunto é tão importante, que recorremos a um profissional da área para nos informar sobre o assunto:
O principal objetivo do aquecimento é preparar o organismo para o esporte, seja em treinamento, na competição ou no lazer. Ele visa obter o estado ideal psíquico e físico, a preparação para os movimentos e principalmente prevenir as lesões.
Existem dois tipos de aquecimento: o geral e o específico. O aquecimento geral deve possibilitar um funcionamento ativo do organismo como um todo. Para isso devemos fazer exercícios que utilizam de grandes grupos musculares. Correr é um bom exemplo.
Já o aquecimento específico utiliza exercícios específicos para uma determinada modalidade. Aqui, os exercícios devem utilizar a musculatura exigida no esporte que será feito em seguida. Nota-se que o aquecimento específico deve ser feito após o aquecimento geral.
Aquecimento Geral
Os principais objetivos fisiológicos do aquecimento geral são: obter um aumento da temperatura corporal, da temperatura da musculatura e preparação do sistema cardiovascular e pulmonar para a atividade e o desempenho.
Devemos elevar a temperatura corporal, pois ao atingir a temperatura ideal, as reações fisiológicas importantes para o desempenho motor ocorrem nas proporções adequadas para aquela determinada atividade.
A velocidade do metabolismo aumenta em função da temperatura, aumentando 13% para cada grau de temperatura. O aumento da irrigação dos tecidos garante um melhor suprimento de oxigênio e substratos ao tecido. Quando o metabolismo está alto, torna as reações químicas mais rápidas e mais eficientes.
No lado preventivo, o aumento da temperatura resulta em uma redução da resistência elástica e da resistência do atrito. A musculatura, os ligamentos e os tendões tornam-se mais elásticos tornando-se menos suscetíveis a lesões ou rupturas.
Há também modificações importantes nas articulações, devido a uma série de mecanismos. As articulações aumentam a produção de líquido sinovial -o líquido que fica dentro das articulações-, tornando-se mais resistentes à pressão e a força.
Aquecimento Específico
O aquecimento específico deve ser realizado após o aquecimento geral. Este tipo de aquecimento é fundamental nas modalidades esportivas coordenativas. Consiste em exercícios que se assemelham tecnicamente aos que serão executados na atividade posterior.
Deve conter exercícios de alongamento e relaxamento que funcionam como profilaxia de lesões, além de garantir um bom alongamento da musculatura que será trabalhada.
Com exercícios direcionados aos principais grupos musculares da atividade, há um redirecionamento sanguíneo para estas regiões, tornando-as mais irrigadas e supridas de oxigênio. Isto porque o aumento da temperatura corporal não é proporcional ao aumento da temperatura muscular. Existe uma diferença na velocidade de aumento destas temperaturas.
Fatores que influenciam no aquecimento
Idade
Variação do tempo e da intensidade de acordo com a idade. Quanto mais velha é a pessoa, mais cuidadoso e gradual o aquecimento deve ser, ou seja, mais longo.
Estado de treinamento
Quanto mais treinada é a pessoa, mais intenso deve ser seu aquecimento. Deve ser ajustado para cada pessoa e para cada modalidade. É indicado nunca fazer atividades ou exercícios os quais não se está acostumado.
Disposição Psíquica
A falta de motivação reduz os efeitos do aquecimento.
Período do dia
Pela manhã o aquecimento deve ser mais gradual e mais longo e durante à tarde o aquecimento pode ser mais curto. Já a noite deve ter características similares ao da manhã.
Modalidade esportiva
Deve ser realizado de acordo com a modalidade praticada. Neste ponto ainda devemos prestar atenção nas características individuais do esporte.
Temperatura ambiente
Em tempos quentes o aquecimento deve ser reduzido, em dias frios ou chuvosos o tempo do aquecimento deve ser alongado.
Momento do Aquecimento
O intervalo ideal entre o final do aquecimento e o inicio da atividade é de 5 a 10 minutos.
O efeito do aquecimento perdura de 20 a 30 minutos. Após 45 minutos temperatura corporal já retomou sua temperatura de repouso.

ALONGAMENTO

Alongamento ou estiramento é a pratica de alongar os músculos em formas de exercícios físicos.
Praticar alongamento é muito comum antes e após atividades físicas ou esforços fisicos, tais como ginástica, corridas e vários esportes. Ele serve para deixar aquecidos os músculos, para a prática dessas atividades.
O alongamento, quando praticado corretamente, contribui para alinhamento de postura, diminui o risco de lesões e tensões musculares, aumenta a agilidade do indivíduo, mesmo que este já possua idade avançada.
Importância do Alongamento
Alongamentos e Algumas noções

Feitos bem no início do treino, ao esticar a musculatura, os alongamentos a deixam aquecida para o exercício. Mas é preciso fazer uma segunda série desses movimentos no final de tudo e dessa muita gente acha que pode escapar, o que é lamentável. Os alongamentos finais é que não deixam os músculos ficarem encurtados, prejudicando a flexibilidade do corpo. Além disso, ao alongar-se antes de seguir para o vestiário você elimina o ácido láctico, o que evita dores musculares.

Tanto uma vida sedentária, como a prática de atividade física regular intensa, em maior ou menor grau, promovem o encurtamento das fibras musculares, com diminuição da flexibilidade. O exemplo mais completo de inatividade gerando perda de flexibilidade muscular é a imobilização de um membro após uma fratura. Por um tempo, ao retirar o gesso, por um período de tempo, ocorre a perda quase completa dos movimentos daquele membro. Quanto à atividade física, esportes de longa duração como corrida, ciclismo, natação, entre outros, fortalecem os músculos, mas diminuem a sua flexibilidade. Nos dois casos, a conseqüência direta desse encurtamento de fibras é a maior propensão para o desenvolvimento de problemas osteomusculares. Provavelmente, a queixa mais freqüente encontrada tanto nos sedentários, como nos atletas, é a perda da flexibilidade provocando dores lombares, por encurtamento da musculatura das costas e posterior das coxas, associado à uma musculatura abdominal fraca. Com a prática regular de alongamentos os músculos passam a suportar melhor as tensões diárias e dos esportes, prevenindo o desenvolvimento de lesões musculares.

Efeitos do alongamento:

- Redução de tensões musculares;
- Relaxamento;
- Benefícios para a coordenação, pois os movimentos se tornam mais soltos e fáceis;
- Aumento do arco de maleabilidade;
- Prevenção de lesões;
- Facilita atividades de desgaste, como por exemplo corrida, tênis, natação, ciclismo etc;
- Desenvolve a consciência corporal, à medida que a pessoa focaliza a parte do corpo que esta sendo alongada;
- Ativa a circulação;
- Ajuda no aquecimento, à medida que eleva a temperatura do corpo;
- Ajuda a liberar os movimentos bloqueados por tensões emocionais.

Os alongamentos podem ser realizados toda vez que você sentir vontade. No trabalho, no carro, assistindo TV. Podemos e devemos nos alongar de manhã, antes de começar o dia, no final do dia para aliviar as tensões acumuladas, depois de ficar sentado ou em pé muito tempo e principalmente antes e depois de atividades físicas.

Todas as pessoas podem aprender a fazer alongamentos independentes da idade e do condicionamento físico. É gostoso fazer alongamentos quando se procede de forma correta, respeitando a sua estrutura muscular, sua flexibilidade e seus limites pessoais.

A regularidade e o relaxamento são os fatores mais importantes para o alongamento, que deve ser feito lentamente e sem tensionamento. Nada de balanceios, pois estes enrijecem o músculo que você esta tentando alongar. Assuma uma posição confortável e sustente-a, relaxando o músculo. Permaneça nesta posição de 10 a 30 segundos. Não segure a respiração, mantenha-se respirando de forma lenta e controlada.

domingo, 28 de setembro de 2014

Profissional do Ano de Educação Física 2014 na categoria Lutas.



Agradeço a Deus, meus pais e irmãos, meus alunos e todos os profissionais de Educação física e do mundo das lutas.
Muito importante para mim nessa cerimonia de saber que meio milhão de votos em 8 categorias foram computados para chegarmos ao top 3 nessa noite.
Muito bom saber que as pessoas concorrentes que aqui estavam são os melhores em suas categorias. É bom saber que as famílias de cada um estavam em um só espaço.
Quero agradecer a cada amigo que votou em mim e que vê meu trabalho com amizade e confiança. Estamos juntos. Graças a Deus e meus pais que me colocaram em um caminho do estudo desde cedo.
Informação é o maior poder do ser humano. O livre arbítrio ou liberdade do ser humano os leva aos seus caminhos. A noite de hoje me mostra um bom caminho.
Nas Artes marciais tem um ditado: 
Caímos sete vezes e nos levantamos oito NANA KOROBI, YA OKI
Salve e fiquem com o bom Deus. Axé total.

sábado, 6 de setembro de 2014

Acorde CAPOEIRA


Olá a todos!
Sou Alex Rocha. Conhecido por Mestre Alex Carcará ou Professor Carcará. Sou professor de Educação Física.
Tenho 2 filhos pequenos. Acredito que minhas ações são para espelhar essas criaturinhas.
Trabalho minha vida toda com o esporte e com artes marciais. Sempre amei o que faço.
Estou desabafando por que meus pares. Meus camaradas. Minha comunidade da capoeira. Só caminha para um lado.
É isso mesmo. Se tiver uma roda todos param de qualquer outra ação para só jogar. Na nossa gíria "vadiar".
Estou na capoeira há 34 anos. Com orgulho! Vivo disso e amo muito. Mas sei que nossos espaços, nossos eventos e batizados.
Nossas rodas. Só existem por causa de pessoas como eu que se matam para encontrar e conversar com pessoas que não são do meio.
Que não sabem o que é capoeira. E as vezes nem gostam de capoeira. Mas que a oportunidade nos leva para encontrar com os donos do poder para fazer com que nós continuemos a jogar a nossa capoeira.
Isso é POLÍTICA! Se você não sabe o que é isso. Você é IGNORANTE. Ignora as engrenagens desse nosso mundo. Como tudo roda. A Roda da vida.
Continue vivendo só das pernas e esqueça da sua cabeça. Continue vivendo a alegria de ir em 10, 20 100 rodas e eventos e saiba que sempre vai ter uma pessoa correndo atrás do governo, do privado, dos
donos do poder para conversar com eles caras para dar a oportunidade de fazer com que você jogue capoeira em todo lugar com LIBERDADE.
Desde 90 eu milito nas políticas públicas da CAPOEIRA. Antes disso era meu mestre CHIBATA que me ensinou a aprender isso.
Hoje estou no GDF, estou no CREF7 (conselho Regional de Educação Física), no CONEF (Conselho De Educação Física e lazer), Fórum permanente de Capoeira do DF, Liga Metropolitana de Capoeira do DF e tenho o
Centro Cultural Escola do Mundo Carcará Capoeira. É mesmo com tudo isso fico indignado quando não tenho os capoeiristas do mesmo lado. Quando podemos fazer a diferença.
É meus camaradas! Fiquem jogando nas rodas da rua e eventos. Um dia vocês vão aprender a jogar com a cabeça. E fazer a diferença.
Como todos falam nas rodas. "JUNTOS FOMOS FORTES"! Ir na roda é fácil. Ir em uma reunião para resolver as ações da capoeira é MUITO DIFÍCIL!
Agradeço a Deus por me dar uma cabeça boa apesar de ter um AVC há 6 anos e continuar meu trabalho com a capoeira.
Salve e tenho dito! Axé total.

sábado, 17 de maio de 2014

Audiência debate o reconhecimento da capoeira



07/05/2014 - Em audiência pública proposta pela senadora Lídice da Mata (PSB-BA), a Comissão de Educação, Cultura e Esportes (CE) do Senado ouviu capoeiristas, especialistas e convidados sobre o reconhecimento da capoeira. Nesta primeira parte da audiência, a participação do presidente da Confederação Brasileira de Capoeira (CBC), Gersonildo Heleno de Sousa. Assista
https://www.youtube.com/watch?v=3stC4nxeqO0


https://www.youtube.com/watch?v=EMvjjFuPNZA

https://www.youtube.com/watch?v=u_hhZaMQnm4

https://www.youtube.com/watch?v=mB_FBckM1Sc

https://www.youtube.com/watch?v=yxwZuL6hskc

https://www.youtube.com/watch?v=TjrBdbU2E5g

https://www.youtube.com/watch?v=sBwBSkzIke0

https://www.youtube.com/watch?v=dNOe8d4lxoE

https://www.youtube.com/watch?v=y853qD79law

domingo, 27 de abril de 2014

Valores da vida! Que Deus seja louvado =)



Assistindo o programa ESQUENTA, após me emocionar muito, vi a similaridade entre os relacionamentos que construímos nessa vida.
Eu venho de uma comunidade que é a da capoeira! Desde o primeiro dia que colocamos o pé na capoeira, aprendemos valores de uma família. De uma história de um tempo atrás.
A construção de um povo. Do povo brasileiro que vem da etnia negra, misturado com a indígena, branca e os estrangeiros que formaram quem somos.
Saber que nesse contexto, estamos formando uma família. Os grupos de capoeira são assim. Temos as referências dos mestres de capoeira que disseminam a experiência de uma vida.
Passam para o próximo. Como uma simplicidade de coisas que são como se fosse básica na vida do brasileiro. Capoeira é uma filosofia de vida. Um jeito de ser e viver.
Ter a malícia do ser humano. A inteligência no modo de se caminhar nos seus atos. Sendo um líder, um Mestre de capoeira, tenho que ser inteligente, tem que estudar todos os dias.
Tenho que ser reto nas ações. Para que os outros se espelhem e perpetuem essa capoeira do Brasil.
Voltando ao programa da Globo, esquenta, vejo que as comunidades e os relacionamentos faz com que nas adversidades de uma morte deixa que a força aumenta e faz com que nós tenhamos uma outra ótica de fazer a diferença.
Mês passado, perdi dois alunos de capoeira em uma fatalidade de um acidente automobilístico. Vivi e sofri muito como também vi os que estavam no programa. Como é difícil essa morte!
Eu fiz uma roda de capoeira para celebrar os meus alunos. Com muita energia boa e alegria. Eles fizeram um programa dedicado ao dançarino.
Vivi novamente aquela ação.

O que culminou no que Deus nós proporcionou nesse momento? Fazer com que a vida continue. Fazer o que eu acho que é certo. Continuar o meu trabalho. Fazer com que as próximas pessoas que passarem por mim, sejam felizes. Que se Deus me deu uma forma de ajudar. De ajudar ao próximo. Então fazer e só. Axé a todos. Salve! E fiquem com Deus. Não existe nada maior que Deus. =)

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Mestre Risadinha (Eduardo Gomes da Silva)

Faleceu hoje Mestre Risadinha (Eduardo Gomes da Silva). Bom capoeirista e que alegrava a todos nos lugares que passava. Axé e fique com Deus


quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Por que capoeira?


Por que capoeira?

Eu consigo transformar uma pessoa. Eu lapido um diamante bruto. Eu reinvento. sou professor de Educação Física. Mas já era Capoeira antes disso. E sempre serei.

Transformo crianças de risco social. De um lugar ou espaço menos favorecido. E lanço a capoeira para que ela conheça o mundo.

Que ela progride. Evolua. A roda de capoeira é para que ela aprenda que existe um espaço sagrado. O resto é o profano. E que saiba a diferença.

Mais nada me representa. Só os valores que aprendi na vida. A vida da Capoeira. Aonde tem amor, ética, respeito, orgulho, pátria, família, preservação, amizade, cultura, sentimento e muitas coisas que possa falar durante horas.
Essa é minha vida. Eu escolhi. Eu amo. É assim. Ela me move.

Mestre Alex Carcará
Grupo Escola do Mundo
Brasília -DF

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Benefícios da capoeira!

Foi no século 16 que a Capoeira surgiu pela primeira vez em terras brasileiras. Mistura de forma de luta e culto religioso, ela veio junto dos negros que, originários da África, foram trazidos aos milhares para o trabalho escravo. Naturalmente, eles não tinham liberdade alguma de praticar suas tradições, por isso, a Capoeira era então apresentada de modo disfarçado, como se fosse uma dança com canto e mais nada. Aos poucos, porém, ela acabou por vingar em todo o Nordeste do País, ganhando diversidade de estilos - um dos mais populares (e antigos) é chamado de Capoeira Angola, caracterizado por golpes baixos, rentes ao chão, e animado pela música de ritmo lento.

A criança que pratica Capoeira aprende não apenas a jogar como também a cantar (o que tem sido transmitido oralmente há séculos, cantos africanos especialmente criados para esse tipo de atividade) e a tocar (entre os instrumentos mais tradicionais, destaque para o berimbau, o pandeiro e o caxixi, um chocalho feito de sementes). O jogo de Capoeira também aprimora o controle emocional, estimulando a observação e a defesa, quando necessária, ao contrário de incentivar a agressividade e a violência. "No caso do estilo Angola de Capoeira, ele consegue traduzir com ritmo e movimento corporal as ideias da educação humanista", reforça Ana Cristina Marotto, orientadora educacional e pedagógica do Colégio Equipe, em São Paulo. "É ótima ferramenta para a formação moral, física e cognitiva."

Recomendado para alunos de 3 a 11 anos, o jogo de Capoeira ajuda de inúmeras maneiras o desenvolvimento tanto de meninos quanto de meninas. Veja os benefícios a seguir.

Para ler, clique nos itens abaixo:

1. Difunde o valor da defesa - e não do ataque 
A Capoeira é um jogo que faz clara distinção entre defesa e ataque - diferenciação essa que pode influenciar um estilo de comportamento e um modo de pensar por toda a vida. Quem pratica Capoeira não é, portanto, estimulado a sair atacando para depois ver no que vai dar, mas sim olhar, refletir e, se for realmente necessário, saber agir de modo a cuidar da própria defesa. Quanto mais cedo a criança souber fazer essa distinção, mais rápido será o seu entendimento de como a violência não vale a pena.

2. Ajuda na formação moral 
A aula de Capoeira normalmente começa com uma roda de conversa, onde são discutidas as regras de convívio e de participação de cada um etc. É uma atividade que desenvolve o respeito, a tolerância. Porque as crianças estão sempre interagindo entre si para realizar o mais simples gesto - cada uma delas precisa, por exemplo, ter cuidado com o movimento que pretende fazer para não machucar o outro, assim como conviver com o jeito de ser de cada colega, entendendo que o jogo acontece entre todos, independentemente do talento ou da ausência dele. Todos são iguais - e, em lugar de apontar os melhores (e os piores) jogadores, o que se incentiva é a parceria, ensinar o que já sabe de modo a que o colega possa evoluir também.

3. Desenvolve e amplia a cognição 
Quem pratica Capoeira recebe informação sobre a cultura popular, a origem do jogo em si, as tradições celebradas em músicas e canções, os instrumentos que animam a atividade e por aí afora. É um conhecimento transmitido a cada roda de conversa, no início da aula, aumentando o repertório dos alunos sobre a formação do povo brasileiro, enfim, a história do próprio País. Não se trata de um tipo de informação feito para decorar, mas sim atiçar o interesse da criança pela nossa identidade cultural.

4. Desperta a curiosidade infantil 
Quem pratica Capoeira tem sua percepção sonora estimulada pelo uso de instrumentos musicais, assim como a consciência do próprio corpo é alimentada por movimentos pouco usuais. Trata-se de uma atividade que abre um leque de oportunidades - meninas e meninos podem descobrir, ao jogar Capoeira, o gosto por danças populares, outros, por canto, todos eles indo atrás de cursos específicos. Em suma: um despertar de aptidões, fonte valiosa de conhecimento e amor próprio.

5. Promove o desenvolvimento físico 
O jogo de Capoeira explora dois caminhos antagônicos, o equilíbrio e o desequilíbrio - como é que se leva um tombo e depois se recupera o prumo -, situações essas de valor semelhante, afinal, o desequilíbrio também pode afetar e desestruturar emocionalmente, daí ser preciso assumir estratégias para recuperar o equilíbrio e seguir no jogo. Tudo isso diz respeito aos golpes típicos da Capoeira - entre eles, a ginga, o rabo de arraia, a meia lua e a estrela. Movimentos que exigem equilíbrio e tônus muscular, trabalhando com as pernas, os braços, o tronco, a cintura etc. O aluno precisa ganhar elasticidade, equilíbrio e autoconfiança para se lançar no espaço sem medo de se esborrachar no chão. É desse modo que as crianças aprendem a reconhecer os limites do corpo, adquirindo segurança sobre o próprio desempenho.

6. Estimula o controle emocional 
Mexer com o corpo significa lidar com algumas das nossas emoções mais primitivas - a agressividade, por exemplo. É verdade que o jogo da Capoeira expõe cada aluno perante o grupo, mas ele também consegue reforçar o controle sobre situações delicadas, caso de ficar envergonhado por não fazer direito uma estrela, não ter ritmo para gingar etc. Como? Aulas de Capoeira valorizam o potencial de cada um, o que já conquistou e sabe fazer bem - afinal, todas as crianças têm competências garantidas e outras, a serem desenvolvidas. Ou ainda: todas têm capacidades para aprender e desenvolver, cada um em seu tempo de aprendizado que deve ser respeitado.

7. Combate as inibições
Na aula de Capoeira, a criança é insistentemente estimulada a dançar, jogar, tocar e cantar. Não há, portanto, espaço para timidez - e ela entende que terá de se expor ao grupo com todas as suas imperfeições. Aos poucos, o medo ou qualquer outro tipo de insegurança perde a força, até porque essa criança se sente cada vez mais à vontade no universo dominado pelo respeito, como é o da Capoeira.

Já visitou o blog da Educação Física hoje? 

segunda-feira, 14 de outubro de 2013



Construir relacionamentos!

Um dos meus trabalhos na internet é o de gerente e analista de mídias sociais (Internet Marketing). Entre suas tarefas, os profissionais do setor têm de ouvir o que se comenta sobre determinado produto, coletar sugestões que podem melhorá-lo e defendê-lo de ataques. Este profissional é responsável pela imagem da marca na internet, planejando, identificando o perfil do público, problemas e também fidelizando clientes. As ferramentas de trabalho são as redes sociais, pois as empresas estão de olho nas vantagens que se pode obter com elas. Há alguns anos percebi a dimensão que as mídias sociais assumiriam os impactos e as transformações que causariam nas vidas das pessoas e das organizações. Sabemos que o Facebook, atualmente, é uma das maiores apostas dos profissionais de comunicação, publicidade e marketing de agências e empresas de qualquer tamanho. E é uma aposta que gera muito sucesso para quem sabe como utilizar de forma correta essa ótima plataforma de marketing digital. Ter uma estratégia é com certeza à primeira decisão a ser tomada. Para isso, traçar objetivos, direcionar esforços e conhecer o funcionamento de seu mercado são alguns fatores importantes. Imagine 1,11 bilhão de pessoas. Esse é o número de adeptos ao facebook, o que o torna a maior rede social do planeta. Isso significa que entre sete habitantes utiliza (ou já usou um dia) o facebook. Mas, se você pensar em relação aos usuários brasileiros, vai se espantar ainda mais. São 73 milhões só no Brasil. Ou seja, um em cada três brasileiros é adepto da rede social de Mark Zuckerberg (criador do Facebook).

Atualmente posso alavancar esse relacionamento com a construção das redes sociais como: LinkedIn, Twitter, Facebook, Blog, Flickr, YouTube, Instagram, Google+ entre outras.

Vamos conversar!



domingo, 18 de agosto de 2013

Profissional do ano de 2013 - Categoria Lutas



Agradecer a Deus! Agradecer minha família e amigos.
Agradecer os Mestres!
Agradecer meus alunos e comunidade da capoeira.
Entrando no mundo das artes marciais com 10 anos, época do Bruce Lee, Chuck Norris, Tarzan e vários outros heróis na mente de uma criança.
Queria apenas fazer parte desse mundo. Conheci mais de 12 modalidades nas artes marciais. Conheci os melhores. Só quem é desse mundo, sabe o que estou falando.
Aquilo que os leigos acham bonito e impossível, era rotina. Conheci a capoeira por meio de duas pessoas: Raimundo dos Santos Filho, sendo meu Mestre Chibata e Carlos Inocente Mestre Carlinhos Bocão.
Isso foi há 33 anos na quadra da 207 sul na minha cidade natal Brasília. Com a capoeira conheci minha vida. Vários amigos! Fiz, faço e farei muito sobre a capoeira. 
Por causa dela eu entrei na faculdade, nos conselhos de educação física, nos fórum de capoeira, nas instituições de capoeira no Brasil e ainda na política nacional e distrital.
Há 5 anos tive um AVC. Isso me deu uma limitação na fala. Ná época tive que aprender a falar e a entender o abcd e depois o alfabeto. Escrever desse modo que falo agora era impossível. Não consegui concatenar as idéias.
Mas mais uma vez Deus e a atividade física fizeram que eu me superasse. Hoje trabalho muito. E cada dia vencendo as adversidades continuo sempre caminhando!
OBRIGADO a todos que me apoiaram e que chegasse mais uma vez no topo.
Axé e fiquem com Deus. Salve =)

Mestre Carcará de Brasilia e aluno de Mestre Chibata!
Alex Charles Rocha

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Profissional do ano 2013 - Categoria Lutas - Mestre Alex Carcará




Galera,
Com orgulho e respeito a todos, comunico que esta aberta à votação ao Prêmio Profissional do Ano Capital Fitness 2013. 
Estou concorrendo na categoria Lutas. 
A votação é simples, acesse 
http://www.brasiliacapitalfitness.com.br/Concurso_Voto.aspx 
Qualquer pessoa pode votar e todos os dias.
Sõ TOP 3.
Preciso da força de vocês.
Vivo a CAPOEIRA!

1 - Clique no link!
http://www.brasiliacapitalfitness.com.br/Concurso_Voto.aspx
2 - Procure a última categoria - LUTAS
3 - MARQUE O CÍRCULO DO LADO DO MEU NOME
4 - digite seu email, no espaço determinado para validar o voto,
E pronto, obrigado pelo voto!

O voto é diário e computado pelo seu email...pode votar todo dia =)
Salve e fiquem com Deus.
Alex Charles Rocha
Mestre Carcará


Dia 17 de agosto
Centro de Convenções Ulisses Guimarães em Brasília

quinta-feira, 11 de julho de 2013



Morreu a enciclopédia da capoeira!

Morreu o historiador da nossa capoeira. Frede Abreu!
Um legado da nossa capoeira.
Trabalhou em vários livros como: . O “A.B.C. da capoeira Angola” foi um livro organizado pelo nosso grande pesquisador da capoeira – Frede Abreu, a partir dos manuscritos deixados por Noronha, e se tornou um grande legado para todos aqueles que pretendem saber mais sobre esta arte-luta, e de tudo aquilo que estava ao seu entorno. capoeira e seus personagens, a política e seus políticos, festas populares, economia, repressão policial, história do Brasil, são alguns assuntos abordados por este grande mestre da capoeira em seus manuscritos, que posteriormente à sua morte, Frede Abreu transformou em livro, como forma de perpetuar essa memória.


Vá com Deus amigo da capoeira!
Axé
Vá para aruanda.

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Resgatando o maculelê



Resgatando o Maculelê
Ah, se os tambores falassem... E quem disse que não falam? Pare, preste atenção: em sua batida hipnótica, ruflam lamentos, festejos e cantos que a história não conta.

Além dessa mensagem subjetiva, que vai depender da sensibilidade de cada um, é importante pesquisarmos cada vez mais o nosso folclore. Isso, para que nã se descaracterize e não se perca, através dos anos e da criatividade excessiva de seus representantes, sua essência e raiz.

O quê? Como? Onde? Por quê?

Há, sobre tudo que se relacione ao maculelê, muitas contradições. Pesquisadores e folcloristas não entraram em acordo quanto às origens, às características, aos vestuários, às formas e, até mesmo, quanto ao vocábulo maculelê.
Acompanhe algumas opiniões:
“(...) até hoje tudo quanto se sabe sobre o maculelê é por ter sido ouvido ou tido por alguém, muito velho, que guardou alguma recordação, quase sempre confusa ou contraditória. Nada há escrito na forma de depoimento sobre como seria dançado o Maculelê nos seus primórdios. Nem mesmo Bulcão Vianna, que muito escreveu no princípio do século sobre as festas de Santo Amaro, fez menção a um folguedo que pudesse ser identificado como Maculelê. Não obstante, depois que o Maculelê se popularizou, lá pelos anos 60, surgiram, como por encanto, muitas lendas sobre a origem do folguedo, lendas reconhecidamente forjadas pelos que têm necessidade de inventar para sobreviver. Quem tem boca diz o que quer – ensina um velho refrão”.
(H. Vianna, Maculelê, A Tarde, Salvador, 1966) (1).

O texto do jornalista Antônio Monteiro (O Maculelê na Arena Folclórica, a Tarde, Salvador, agosto de 1966) revelava as contradições. Segundo a matéria, alguns acreditavam ser o maculelê, assim como a capoeira, uma luta criada pelos escravos para se defenderem dos brancos. Outros diziam que o maculel~e não passava de uma diversão dos negros africanos.
Ao defender a tese de que o maculelê surgiu com os escravos bantos, estudiosos utilizam como importante documento a cantiga “Louvor da Conceição”. Nos versos: “Nós somos pretos da Cabinda de Luanda”...
Em Pequena História do Maculelê, diz Plínio de Almeida: “Convém notar que a cantiga não diz: ‘Nos somos pretos da Cabinda’, mas sim, com o máximo de rigor explicativo: ‘Nós somos pretos da Cabinda de Luanda’. A precisão geográfica da cantiga é marcante, a fim de que não se confunda Cabinda, povoação do Distrito de Luanda, na Província de Angola, perto de Quibala, com a outra Cabinda, território de outra tribo, muito entranhada no sertão africano oriental, na Província de Moçambique, também terra de negros bantos”.
A já citada Hildegardes Vianna, uma das grandes pesquisadoras sobre o assunto, diz acreditar no maculelê, “até se provar o contrário, como um fragmento do cucumbi (dança de característica dramática, em que os negros utilizavam pedaços de madeira roliça), este último variante dos Quilombos, Congos, Congadas e Ticumbis, consistindo e um préstimo com um pequeno enredo e bailados guerreiros, em que o centro de interesse é a luta entre um rei negro e um rei indígena”.
No indispensável Ôlelê Maculelê, Emília Biancardi escreve: “Conta-se até que, quando um escravo queria fugir, uma roda de maculelê era imediatamente formada por seus companheiros, com a finalidade de distrair os feitores e facilitar a evasão, o que bem demonstra a popularidade e a aceitação do folguedo na zona rural (...) Em pesquisa de campo por mim efetuada em Santo Amaro da Purificação, os informantes foram, todavia, unânimes na afirmativa de não ser o folguedo um fragmento do antigo cucumbi, dizendo que ambos existiam na mesma época, havendo o primeiro desaparecido, enquanto o maculelê, embora com numerosas modificações, teria conseguido subsistir. Naquela área, o cucumbi ou cacumbi estaria ligado, segundo os informantes mais idosos, aos festejos de São Cosme e São Damião. O maculelê, por sua vez, está vinculado às festas em louvor a Nossa Senhora da Conceição”. E concluiu: “podemos concluir que o maculelê tem origem africana e que, a exemplo de outras manifestações artísticas do negro, sofreu forte influência local e adaptações culturais no decorrer dos anos. (...) Não obstante sua aparência guerreira, não se pode dizer, entretanto, com absoluta precisão, que se tratava de uma manifestação de revolta dos negros escravos contra os senhores brancos, consoante estimam alguns escritores, nem afirmar, sem margem de erros, que se tratava, apenas, no decorrer dos séculos dezoito e dezenove, de mero folguedo. Acredito, porém que, como tantas outras expressões culturais africanas, o maculelê caracterizava-se, sobretudo, como um divertimento de escravos e seus descendentes, sobressaindo seu aspecto, já acentuado, de dança dramática”.(2)


“A Flô de Jurema”

Conforme alguns pesquisadores, o maculelê, além da incontestável raiz africana, teve também grande influência indígena.
Exemplo disso é a música “A Flô de Jurema”, cantada nas demonstrações maculelê. Segundo Teodoro Sampaio (O Tupi na Geografia Brasileira), “jurema” é uma bebida fermentada feita do suco de vegetal Acácia Jurema, planta de regiões nativas. Se ingerida em grande quantidade, provoca alucinações. Esta bebida é comum nos candomblés de caboclos da Bahia, “que constitui uma variante indígena do candomblé, com forte influência das nações Genge e Angola.” (2)


Popó Ressuscita o Maculelê

“Era Popó que de manhã
Abria a rua no trole aberto
Ele era a rua em tom maior
Trazia o Sol guardava a Lua
Seu assovio desenhava minha rua num traço só...”
(Caetano Veloso)


Maculelê é Dança ou é Luta?
“E eu separo? Maculelê é dança e luta ao mesmo tempo, defesa e ataque misturado ao ritmo nego (...)”
(trecho do livro Maculelê, de Maria Mutti)

Se não fosse por Paulino Aloísio Andrade, mestre Popó, talvez o maculelê tivesse desaparecido definitivamente.
Logo após a abolição da escravatura, as apresentações de maculelê nas festas de fevereiro, em Santo Amaro da Purificação, foram diminuindo até que, por vários anos, deixaram de ser realizadas.
Em entrevista a Maria Mutti, Popó conta como recomeçou o folguedo e fez “o MACULELÊ conhecido na Bahia inteira e, por conseguinte, no Brasil”. Diz ele: “os pretos velhos já tinham muito tempo de morte, do grupo só restou eu, porque era muito moço na época em que eles dançavam. Devia ser 1944 quando resolvi reunir meus filhos, parentes e vizinhos para ensinar o brinquedo (maneira como se referia ao Maculelê). Ensinando a eles, tomei gosto e botei o maculel~e na rua de Sto. Amaro pela primeira vez no dia 2 de fevereiro (dia tradicional para o maculelê, que todo ano sai às ruas ...) e dança no adro da Igreja da Purificação em homenagem à Virgem Santa, que é mãe de todos nós. Daí por diante, o povo gostou e pedia o maculelê na rua. Mesmo quando não tinha timão (roupa) tudo igualzinho, a gente dançava com a roupa do trablaho mesmo”. (3)
Filho de mãe escrava, Popó diz ter aprendido o maculelê entre dez e doze anos de idade, com escravos Malês, “livres, já não tinha mais escravidão nessa época. Eles se reunião à noite, me lembro bem de João Olelá, Tia Jô e Zé do Brinquinho. O ano direitinho não sei, mas sei que foi tempos depois da escravidão, eles já eram livres. Mas quem botou o brinquedo na rua fui eu mesmo”. (3)
No início da década de 40, Popó resolveu ensinar aos amigos e parentes o folguedo. Então, depois de muitos anos, no dia dois de fevereiro, Santo Amaro da Purificação assistiu a uma apresentação de maculelê. O grupo de Popó ficou conhecido como Grupo de Maculelê de Santo Amaro.
“Recomeçou, efetivamente, a partir dessa época, o interesse popular pela dança, quer com a apresentação de Popó nas festas religiosas da cidade, quer com a ida a Santo Amaro de caravanas de turistas e estudiosos para assistirem às apresentações do Grupo santo-amarense, quer com as frequentes exibições do Mestre e seu conjunto em Salvador, a convite dos órgãos municipais ligados ao turismo”.(2).


Indumentária

Conforme pesquisas realizadas em Santo Amaro, a indumentária utilizada por antigos praticantes do maculelê – como Jão de Obá, Zé do Brinquinho, Tia Jô e Barão – era gurita vermelha (touca de ponta), lenço vermelho no pescoço, calça no meio da perna e pés descalços.
Os componentes pintavam o rosto e as partes do corpo que ficavam à mostra. “Dançavam descalços, com os pés pintados com fuligem negra, que se desprende do fundo das panelas usadas nos fogões à lenha, com a qual também eram pintadas as demais partes expostas do corpo. O rosto e a testa eram zebrados com lanhos vermelhos (tinta de semente de urucum pisada), em forma de leque, e os lábios tinham maquilagem exagerada. Alguns figurantes empoavam as cabeleiras encarapinhadas com farinha de trigo”.(2)
As vestimentas variavam de acordo com a situação financeira e a imaginação do grupo. “Muitas apresentações foram feitas com os participantes usando roupas comuns, suadas do trabalho do dia-a-dia”.(3)


Instrumentos

Segundo orientação de Popó, os instrumentos originais para a realização do maculelê são:
Dois ou três tambores (“um para toque de repique e os dois ajudam a dobrar”);
Um agogô;
Um caxixi ou ganzá.
Algumas vezes, também se usavam pandeiros ou violas.


Grimas

As grimas são bastões feitos de madeira que medem entre cinquenta e sessenta centímetros. São usados para simular defesa e ataque e, também, para marcar o ritmo da cantiga. As melhores madeiras para confecção das grimas são biriba, canzi e pitiá. No entanto, Popó ensinava que qualquer madeira que não quebre e produza um bom som pode servir. Segundo seus conselhos, o ideal é que a madeira não seja cortada verde e nem em noite de lua.


Músicas

Em pesquisas realizadas por Emília Biancardi, “no maculelê tradicional, as quadras são tiradas apenas pelo Mestre e repetidas fortemente pelo coro, ao som sempre rijo das pancadas das grimas”. Acompanhe algumas das músicas que compõem a sequência musical:

BOA NOITE PRA QUEM É DE BOA NOITE
“Boa noite pra quem é de boa noite
Bom dia pra quem é de bom dia
A bênção, meu pai, a bênção
Maculelê é o rei das alegrias”.

EU VENHO DE LONGE
Eu venho de longe
Sem conhecer ninguém
Venho colher as rosas
Que na roseira tem.

COMO É SEU NOME
Maculelê
Torna a dizê
Maculelê
Quem não lhe conhece
Maculelê
Venha me conhecê
Maculelê

SOU EU, SOU EU
Sou eu, sou eu, sou eu
Sou eu, maculelê, sou eu
Nóis viemus do Mato Grosso
Somos Açucenas
Das Mata Reá
(...)


Estudiosos do Maculelê

É justo destacar, entre os estudiosos citados nesta matéria, três pesquisadoras de importância inestimável ao nosso folclore. A leitura de seus trabalhos é obrigatória aos que desejam aprender profundamente sobre o maculelê. São elas:

(1) Hildergardes Vianna, professora universitária, folclorista e escritora, desenvolveu grande trabalho sobre a preservação da identidade cultural da Bahia. Diz Emília Biancardi: “Trata-se de pesquisadora que, aliando enorme conhecimento da cultura popular do Estado a um grande amor pela terra natal, desenvolve, sem medir esforços ou sacrifícios, um trabalho sério e criterioso no sentido da divulgação e conservação das tradições que integram a vida das populações baianas”.
Obra: Folclore Brasileiro, Bahia. Rio de Janeiro, MEC/FUNART, 1981. Além de textos escritos em sua coluna no jornal A Tarde, de Salvador.

(2) Emília Biancardi foi professora do Instituto de Educação Isaías Alves. A seu respeito, Hildergades Vianna considera:
“Em lugar das convencionais aulas de teoria e cânticos orgeônicos, ela orientava seus alunos para a pesquisa das manifestações lúdicas de Salvador. Nunca foi uma repetidora do que os outros tivessem dito. Procurou sempre, o quanto possível, aproximar-se da verdade, tarefa um tanto difícil numa cidade como Salvador, que despontava como pólo turístico. Fundou com os alunos um grupo, verdadeiro laboratório de danças, que mais tarde evoluiria para VivaBahia, famoso conjunto parafolclórico com atuação internacional”.
Obra: ôlelê, maculelê – Bahia, 1989

(3) maria Mutti, além de professora e pesquisadora, foi também diretora do Grupo Folclórico Oxalá. Publicado em 78, seu trabalho, intitulado Maculelê, é baseado na entrevista realizada com Popó e seu filho Vavá. Maculelê emociona porque imortalizou as lembranças e opiniões do grande Popó, conservando até sua maneira simples de falar.
Obra: Maculelê, Bahia, 1978

segunda-feira, 13 de maio de 2013

13 de maio - Abolição da Escravatura - 125 anos



* CRISTOVAM BUARQUE
Há exatos cem anos, saía da vida para a história um dos maiores brasileiros de todos os tempos: o pernambucano Joaquim Nabuco. Político que ousou pensar, intelectual que não se omitiu em agir, pensador e ativista com causa, principal artífice da abolição do regime escravocrata no Brasil. Apesar da vitória conquistada, Joaquim Nabuco reconhecia: “Acabar com a escravidão não basta. É preciso acabar com a obra da escravidão”, como lembrou na semana passada Marcos Vinicios Vilaça, em solenidade na Academia Brasileira de Letras.

Mas a obra da escravidão continua viva, sob a forma da exclusão social: pobres, especialmente negros, sem terra, sem emprego, sem casa, sem água, sem esgoto, muitos ainda sem comida; sobretudo sem acesso à educação de qualidade.

Ainda que não aceitemos vender, aprisionar e condenar seres humanos ao trabalho forçado pela escravidão – mesmo quando o trabalho escravo permanece em diversas partes do território brasileiro –, por falta de qualificação, condenamos milhões ao desemprego ou trabalho humilhante. Em 1888, libertamos 800 mil escravos, jogando-os na miséria. Em 2010, negamos alfabetização a 14 milhões de adultos, negamos Ensino Médio a 2/3 dos jovens. De 1888 até nossos dias, dezenas de milhões morreram adultos sem saber ler.

Cem anos depois da morte de Joaquim Nabuco, a obra da escravidão se mantém e continuamos escravocratas.

Somos escravocratas ao deixarmos que a escola seja tão diferenciada, conforme a renda da família de uma criança, quanto eram diferenciadas as vidas na Casa Grande ou na Senzala. Somos escravocratas porque, até hoje, não fizemos a distribuição do conhecimento: instrumento decisivo para a liberdade nos dias atuais. Somos escravocratas porque todos nós, que estudamos, escrevemos, lemos e obtemos empregos graças aos diplomas, beneficiamo-nos da exclusão dos que não estudaram. Como antes, os brasileiros livres se beneficiavam do trabalho dos escravos.

Somos escravocratas ao jogarmos, sobre os analfabetos, a culpa por não saberem ler, em vez de assumirmos nossa própria culpa pelas decisões tomadas ao longo de décadas. Privilegiamos investimentos econômicos no lugar de escolas e professores. Somos escravocratas, porque construímos universidades para nossos filhos, mas negamos a mesma chance aos jovens que foram deserdados do Ensino Médio completo com qualidade. Somos escravocratas de um novo tipo: a negação da educação é parte da obra deixada pelos séculos de escravidão.

A exclusão da educação substituiu o sequestro na África, o transporte até o Brasil, a prisão e o trabalho forçado. Somos escravocratas que não pagamos para ter escravos: nossa escravidão ficou mais barata e o dinheiro para comprar os escravos pode ser usado em benefício dos novos escravocratas. Como na escravidão, o trabalho braçal fica reservado para os novos escravos: os sem educação.

Negamo-nos a eliminar a obra da escravidão.

Somos escravocratas porque ainda achamos naturais as novas formas de escravidão; e nossos intelectuais e economistas comemoram minúscula distribuição de renda, como antes os senhores se vangloriavam da melhoria na alimentação de seus escravos, nos anos de alta no preço do açúcar. Continuamos escravocratas, comemorando gestos parciais. Antes, com a proibição do tráfico, a lei do ventre livre, a alforria dos sexagenários. Agora, com o bolsa família, o voto do analfabeto ou a aposentadoria rural. Medidas generosas, para inglês ver e sem a ousadia da abolição plena.

Somos escravocratas porque, como no século XIX, não percebemos a estupidez de não abolirmos a escravidão. Ficamos na mesquinhez dos nossos interesses imediatos negando fazer a revolução educacional que poderia completar a quase-abolição de 1888. Não ousamos romper as amarras que envergonham e impedem nosso salto para uma sociedade civilizada, como, por 350 anos, a escravidão nos envergonhava e amarrava nosso avanço.

Cem anos depois da morte de Joaquim Nabuco, a obra criada pela escravidão continua, porque continuamos escravocratas. E ao continuarmos escravocratas, não libertamos os escravos condenados à falta de educação

.*Cristovam Buarque, é professor da UNB e senador da república.



As leis Abolicionistas

Em 1850, Eusébio de Queiroz motivou a lei contra o tráfico negreiro, entre outras coisas, pelo medo de o grande número de negros ( 3.500.000 para 1.500.000 brancos ) viesse a perturbar a ordem estabelecida. Queiroz chegou a propor a contratação de um exército de mercenários estrangeiros para manter submissos os escravos, pois os soldados brasileiros se recusavam a cumprir tal oficio. Na verdade, boa parte dos escravos estavam se insubordinando.

Em 1823, cantava-se nas ruas de Pernambuco:

Marinheiros e caiados,
Todos devem se acabar,
Porque só pardos e pretos,
O país hão de habilitar!

Em 1821, os pretos ocuparam Vila Rica, após sangrentos combates, declarando sua liberdade e igualdades aos brancos.

Em 1849, em Queimados, Espíritos Santo, 200 escravos tentaram um levante, visando atingir todo o estado.

Lei do Ventre Livre (1871)

Foi nesse ambiente que o ministério chefiado pelo visconde do Rio Branco apresentou o projeto da lei do Ventre Livre em maio de 1871 para a Câmara dos Deputados. Depois de modificada e adaptada aos interesses escravistas, a lei que declarava livre os filhos de escravos foi finalmente aprovada em 1871, por 65 votos a favor e 45 contra. A maioria dos deputados de Minas, São Paulo e do Rio Grande do Sul. Os representantes das províncias do norte e nordeste votaram maciçamente a favor.

Lei dos Sexagenários (1885)

Em 28 de setembro de 1885 o governo imperial promulga a Lei Saraiva-Cotegipe, conhecida como Lei dos Sexagenários, que liberta os escravos com mais de 65 anos. A decisão é considerada de pouco efeito, pois a expectativa de vida do escravo não ultrapassa os 40 anos.

A abolição da escravatura

Em 1888, a Princesa Isabel assinou a lei que abolia a escravidão: A Lei Áurea. Em 13 de maio de 1888, o gabinete conservador de João Alfredo apresenta, e a princesa Isabel assina, a Lei Áurea, extinguindo a escravidão no país. A decisão, porém, não agrada aos latifundiários, que exigem indenização pela perda dos "bens". Como isso não acontece, passam a apoiar a causa republicana.

Em 1899 partiu o último navio,"Aliança", levando de volta à África um grupo de ex-escravos. Uma criança que seguiu para a África naquele navio, Maria Romana da conceição, chegou a visitar o Brasil em 1963.

A lei Áurea não indenizou os escravos pelo trabalho realizado. Assim, abandonadas à própria sorte, a maioria caiu na miséria da mendicância e vão compor a camada mais miserável das classes populares.

A abolição no Ceará

O Ceará é conhecido pelo cognome de Terra da Luz. Muita gente julga que é devido ao seu forte e claro sol tropical. Nada disso. Esse honroso título, dado por José do Patrocínio, se deve ao fato da então província ter abolido a escravatura antes do Brasil. Na verdade o povo cearense nunca gostou mesmo de escravizar os seus semelhantes e a prova disso é que muitos senhores de escravos libertaram os seus negros ainda antes de 25 de março de l884, data em que, sem dar a menor satisfação a D.Pedro II, o Ceará libertou os seus escravos definitivamente.

Antes, porém, foram promovidas muitas campanhas abolicionistas lideradas por João Cordeiro, líder do movimento abolicionista no Ceará que ao lado dos igualmente bravos Antônio Bezerra e José do Amaral, lutaram para libertar, pelo menos o Ceará, da vergonha da escravidão.

Os lideres sempre tiveram o apoio e o carinho do povo. No entanto, a primeira ação prática e drástica para acabar com a escravatura, foi de Francisco José do Nascimento, até então apelidado por Chico da Matilde e que depois seria chamado de "Dragão do Mar". Francisco José era um mercador de escravos que, depois de convencido pelos abolicionistas, num rompante bem cearense, afirmou que nunca mais embarcaria escravos para o Ceará e nem permitiria que ninguém o fizesse. Isso aconteceu em 30 de agosto de l881. Com a atitude do mercador, tornou-se impossível receber ou embarcar escravos no porto do Ceará. Por esse gesto heróico, Francisco José do Nascimento foi cognominado de "Dragão do Mar", nome que é hoje dado a um centro de cultura e a uma rádio de Fortaleza.

A campanha abolicionista no Ceará ganha a adesão da população pobre. Os jangadeiros encabeçam as mobilizações, negando-se a transportar escravos aos navios que se dirigem ao sudeste do país. Apoiados pela Sociedade Cearense Libertadora, os "homens do mar" mantêm sua decisão, apesar das fortes pressões governamentais e da ação repressiva da polícia. O movimento é bem-sucedido: a vila de Acarape (CE), atual Redenção, é a primeira a libertar seus escravos, em janeiro de 1883. A escravidão é extinta em todo o território cearense em 25 de março de 1884.

Autoria: Rafael Luiz Silva




13 de maio - Abolição da Escravatura - 125 anos
Jornal correio Braziliense - Brasília

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/brasil/2013/05/13/interna_brasil,365644/correio-volta-a-1888-acompanhe-a-decisiva-sessao-da-abolicao-ao-vivo.shtml






sexta-feira, 19 de abril de 2013

Falecimento - Mestre Camisa Roxa (1944-2013)

Na foto: Mestres, Adilson, Bida, Paulão, Alex Carcará, Camisa Roxa e Itapuã. Ainda estavam lá Pesado, Suassuna, Gilvan e Pombo de Ouro.

A capoeira está de luto, com o falecimento em Salvador do Mestre Camisa Roxa.

Nesta quinta-feira (18/04/13) faleceu em Salvador Edvaldo Carneiro e Silva, mais conhecido na capoeira como Mestre Camisa Roxa, aluno de Mestre Bimba. Era Grão-Mestre da ABADÁ-CAPOEIRA, título vitalício no qual foi escolhido por um conselho de Mestres de notório saber. Sendo esse título o mais alto grau na ABADÁ-CAPOEIRA. Grão-Mestre Camisa Roxa foi um dos capoeiristas que mais divulgou a Capoeira pelo mundo, viajou por mais de 50 países, levando sempre a capoeira como manifestação de arte e cultura brasileira.

Camisa Roxa nasceu em 1944, na Fazenda Estiva, no interior da Bahia. Era o irmão mais velho de uma família de muitos filhos. Com a morte de seu pai, quando tinha 21 anos, Camisa Roxa se tornou responsável pela criação e educação de seus irmãos mais novos, Mestre Camisa na época tinha oito anos de idade. "Ele foi um segundo pai para nós", declara Mestre Camisa. "Sempre foi o ponto de referência para todos, até hoje quando está no Brasil, faz questão de reunir toda família”.

Camisa Roxa começou a praticar Capoeira aos 10 anos de idade, no ano de 1954, como divertimento, o que mais tarde foi copiado por todos os outros irmãos. Na década de 60, foi para Salvador fazer o científico e começou a treinar na Academia de Mestre Bimba, onde se formou e foi considerado o melhor aluno pelo Mestre. Seus irmãos Ermival, Pedrinho e Camisa também se formaram na Academia de Bimba.

O apelido de Camisa Roxa surgiu devido ao fato de que ele sempre frequentava as rodas de Capoeira da Bahia vestindo uma camisa roxa da qual gostava muito. Gostava também de jogar nas rodas de Capoeira tradicional da academia de Mestre Pastinha e nas rodas dos Mestres Waldemar e Traíra na rua Pero Vaz, onde era muito respeitado por sua postura e o grande conhecimento que possuía dos fundamentos da Capoeira.

Camisa Roxa pensava na Capoeira como um todo, reunindo Regional e Angola. "Na verdade, bem poucas pessoas compreenderam a verdadeira intenção de Mestre Bimba", declarava o Grão Mestre. "Primeiro ele ensinava com seu método uma Capoeira alta, mas com o tempo a pessoa deveria aprender a jogar baixo”.

www.revistacapoeira.com.br

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Conselho de Educação Física, Desporto e Lazer do Distrito Federal




Segunda-feira, dia 08 de outubro de 2012, teremos a oportunidade de vivenciar momento especial para o esporte do DF: o início do funcionamento do Conselho de Educação Física, Desporto e Lazer do DF – CONEF/DF. Ato marcado pela cerimônia de posse de todos os Senhores.

Conheci quase todos vocês na entrega da documentação e muitos me questionaram sobre o que era o Conselho e seus aspectos legais. Deste modo, segue em anexo, algumas informações e as Leis que regulamentam o mesmo.

O CONEF/DF foi previsto na Lei Orgânica do DF e criado pela Lei nº 2.625, de 17 de novembro de 2000. O texto na íntegra da Lei Orgânica é:

“ Art.19. Fica criado o Conselho de Educação Física, Desporto e Lazer do Distrito Federal, com estrutura e composição definidas em Lei, baseadas no critério da representatividade, responsável pelo planejamento, normatização, fiscalização e coordenação da educação física, desporto e lazer do Distrito Federal.”

No ano de 2002, por meio do Decreto nº 22.766, de 04 de março, publicado no DODF nº 43, páginas 2 a 7, foi aprovado o Regimento Interno do Conselho.

Depois de todos esses anos, sem nenhuma atuação, e após nova disposição legal, Lei nº 4.879, de 09 de julho de 2012, publicada no DODF nº 135, página 54 e 55, poderemos dizer que o DF ganha uma instância de participação fundamental para a política do esporte.

Gostaria de informar a todos o CONEF/DF terá sede num prédio da SESP localizado na EQS 106/107.

Alex Rocha
Conselheiro do CONEF-DF

PROMULGADA A PEC DO SISTEMA NACIONAL DE CULTURA




Para a comunidade da capoeira
 
Mestre Huguinho,
Caro amigo, segue o texto da PEC do Sistema Nacional de Cultura. É fundamental o acompanhamento do tema e o exercício da cidadania por parte dos nossos camaradas capoeiristas. Se puder divulgar, creio que pode ser útil.
 
Forte abraço,

Mestre Luiz RenatoGrupo de Capoeira Beribazu
Brasília - Brasil
E-mail: mestreluizrenato@uol.com.br
------------------------------------------------------
 
EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 71
 
Acrescenta o art. 216-A à Constituição Federal para instituir o Sistema Nacional de Cultura.
As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, nos termos do § 3º do art. 60 da Constituição Federal, promulgam a seguinte Emenda ao texto constitucional:
 
Art. 1º A Constituição Federal passa a vigorar acrescida do seguinte art. 216-A:
 
"Art. 216-A. O Sistema Nacional de Cultura, organizado em regime de colaboração, de forma descentralizada e participativa, institui um processo de gestão e promoção conjunta de políticas públicas de cultura, democráticas e permanentes, pactuadas entre os entes da Federação e a sociedade, tendo por objetivo  § 1º O Sistema Nacional de Cultura fundamenta-se na política nacional de cultura e nas suas diretrizes, estabelecidas no Plano Nacional de Cultura, e rege-se pelos seguintes princípios:
 
I - diversidade das expressões culturais;
II - universalização do acesso aos bens e serviços culturais;
III - fomento à produção, difusão e circulação de conhecimento e bens culturais;
IV - cooperação entre os entes federados, os agentes públicos e privados atuantes na área cultural;
V - integração e interação na execução das políticas, programas, projetos e ações desenvolvidas;
VI - complementaridade nos papéis dos agentes culturais;
VII - transversalidade das políticas culturais;
VIII - autonomia dos entes federados e das instituições da sociedade civil;
IX - transparência e compartilhamento das informações;
X - democratização dos processos decisórios com participação e controle social;
XI - descentralização articulada e pactuada da gestão, dos recursos e das ações;
XII - ampliação progressiva dos recursos contidos nos orçamentos públicos para a cultura.
§ 2º Constitui a estrutura do Sistema Nacional de Cultura, nas respectivas esferas da Federação:
I - órgãos gestores da cultura;
II - conselhos de política cultural;
III - conferências de cultura;
IV - comissões intergestores;
V - planos de cultura;
VI - sistemas de financiamento à cultura;
VII - sistemas de informações e indicadores culturais;
VIII - programas de formação na área da cultura; e
IX - sistemas setoriais de cultura.
 
§ 3º Lei federal disporá sobre a regulamentação do Sistema Nacional de Cultura, bem como de sua articulação com os demais sistemas nacionais ou políticas setoriais de governo.
 
§ 4º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão seus respectivos sistemas de cultura em leis próprias."
Art. 2º Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação.
 
Brasília, em 29 de novembro de 2012.